Monday, September 29, 2008

Tio Sam e a liberdade

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fonte: sinfest.net

Tuesday, September 23, 2008

Tina Fey interpreta Sarah Palin



Desde o primeiro anúncio de Sarah Palin como postulante à vice-presidência dos Estados Unidos, estava escrito na mente de todos o nome da atriz que deveria parodiá-la no famoso Saturday Night Live. Tina Fey, uma das maiores comediantes americanas da atualidade, já estava fora do elenco regular do programa, mas foi chamada de volta a um papel que não poderia ser dado a outra pessoa. A nova temporada do Saturday Night Live estreou essa semana e com o pé direito: um pronunciamento conjunto de Sarah Palin e Hillary Clinton, interpretadas respectivamente por Tina Fey e Amy Pouhler.

Sunday, September 21, 2008

O lado oculto da bondade

Você se lembra desta cena???



Ela ocorreu em 1991, ao fim do Grande Prêmio do Japão, que deu o tricampeonato mundial a Ayrton Senna da Silva. Seu rival na pontuação, Nigel Mansell precisava vencer esta prova para se manter brigando pelo título. Senna, então na McLaren, elaborou a estratégia de deixar seu companheiro de equipe Gehard Berger pular na liderança enquanto ele, Senna, seguraria Mansell em terceiro. Mansell não consegue ultrapassá-lo, perde a cabeça, a tomada da curva e vai parar na caixa de brita, sagrando o brasileiro campeão antecipado. Berger então perde rendimento e a liderança da prova para Senna, que guia tranquilo até a última volta, quando decide presentear o colega com a vitória, como mostra o vídeo. Para o mundo, um ato de grandeza e gratidão. Para Berger, um gesto vazio e desnecessário, como ele admite em sua biografia:

"Foi uma árdua e maravilhosa luta entre dois oponentes equilibrados. Na segunda metade da corrida, meu escapamento quebrou, eu perdi rendimento e tive de diminuir o ritmo, mas estava pronto a me sentir feliz com o segundo lugar. Tudo estaria bem se cruzássemos a linha de chegada um depois do outro, um grande primeiro e um respeitável segundo. Mas, em vez disso, ele tirou o pé logo antes da chegada e eu não tive tempo para pensar e, portanto, o ultrapassei. Poderia ter acontecido de ele ter ficado sem combustível. Seu "grande gesto" foi vazio, pois se ele quisesse, do fundo do coração, fazer algo significativo para mim, depois de uma temporada sem brilho, ele teria feito umas dez voltas antes: daríamos um belo espetáculo e no final eu ganharia. Mas o modo como ele fez mostrou ao mundo inteiro quem mandava e que sua pontuação no campeonato era tal que ele podia se dar ao luxo de fazer alguma coisa pelo pobre Berger. O fato de o escapamento ter realmente me prejudicado foi apagado e tudo o que ficou foi seu brilhante show de força e sincera generosidade. Oficialmente, é claro, tive de me mostrar satisfeito, porém, por dentro, estava soltando fumaça. Acho que ele também percebeu, mas, de qualquer forma, nunca trocamos uma palavra sobre o acontecimento. Eu não agradeci e ele não explicou quais foram suas razões para ter feito o que fez."


E disso, Galvão, você também sabia?


Wednesday, September 10, 2008

Reaças em alto mar



Enquanto o resto do mundo reza para que Barack Obama crave um fim na era Bush e devolva um pouco de sensatez à Casa Branca, há uma parte significativa do povo americano unindo forças para perpetuar o absurdo de suas já conhecidas crenças e, conseqüentemente, seu estilo de vida. Gente que vê nos Estados Unidos da América o guardião mundial dos bons princípios do planeta e o direito de dirigir e explorar povos que mal conhecem e dos quais dependem a fim de manter sua redoma artificial de débito, consumismo, corporocracia, isolamento, poluição e ignorância, hoje em crise ante os olhos da política e economia mundial. Para tantos entre nós parece absurdo que, no evidente fracasso do mandato de George W. Bush, John McCain ainda consiga se manter empatado com Obama nas pesquisas. Quem são esses americanos que sustentam a gangue de Karl Rove na Casa Branca há oito anos? Quem são os alienados que insistem em ver na invasão do Iraque um sucesso inquestionável e uma missão com propósitos divinos? Sabemos que, sob o ponto de vista interno, duelos entre democratas e republicanos dizem respeito a mais coisas do que as questões internacionais que nos chegam via TV e internet. O eleitor yankee comum pode ser tão egoísta quanto qualquer outro, e se somarmos este egoísmo ao egoísmo cultural que a mídia, os códigos vigentes e sua própria voluntariedade o submetem, temos um conjunto de populações isoladas da realidade pela fé em princípios ultrapassados. Um tradicionalismo político-religioso de trocentos anos afundando ao sopro dos novos tempos, insistindo em agarrar-se no que pode, demolindo o mundo inteiro, se preciso, para não perecer. Sarah Palin é a nova cartada dessa gente. Uma figura de ares joviais, um neo-feminismo anti-feminista, uma aura de vencedora, de boa mãe, boa esposa, embalagem sofisticada e "hip" o bastante para atrair novos públicos a velhos ideais, como a volta do criacionismo às escolas, o fim da lei do aborto e do casamento homossexual. Se os liberais têm em seu Obama um possível elo com uma nova América, os conservadores apostam em Palin para dizer que o velho também pode ser novo, ou ao menos parecer novo. E na terra da ilusão e do entretenimento, o "show de luzes" tem mais importância do que palavras na hora de aumentar o rebanho.



Lembremos que Sarah será vice de um homem de 72 anos, com várias reincidências de câncer e um histórico médico que, nos últimos 8 anos, ultrapassa as 250 páginas.

A leitores curiosos sobre quem seriam ou como pensam esses republicanos comuns (e incomuns) que pouco aparecem na MTV, um artigo interessante. A revista Le Monde Diplomatique publicou em fevereiro uma matéria sobre um cruzeiro realizado para assinantes da National Review, bíblia do conservacionismo americano. O jornalista inglês Johann Har penetrou a "nau dos reaças" para analisar o perfil de seus viajantes; o que eles dizem quando longe de "ouvidos indiscretos". A matéria é de tirar o chapéu.

Para lê-la, clique
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Tuesday, September 09, 2008

"Fumble" Jornalístico?


Acabei de ler no site do Globo, uma matéria sobre a NFL, Liga Nacional de Futebol Americano. Segundo a página, houve uma mudança na regra do sorteio da moeda, que a partir desta temporada, permitirá que o vencedor ganhe a opção de receber a bola no segundo tempo. De acordo com o texto, até então, o vencedor podia "apenas" escolher se começaria o jogo chutando ou recebendo o chute. Ora essas! Qualquer um que conheça o mínimo deste esporte sabe que se o vencedor escolhe começar "chutando", isso significa que ele deverá receber no segundo tempo (ou terceiro quarto, como preferirem). Em suma, ou essa parte da matéria está mal explicada, ou os caras simplesmente escreveram abobrinha.