Todos lembram de quando Sergio Noronha, comentarista futebolístico da Rede Globo, foi pego dormindo diante das câmeras. Grande gafe, sem dúvida.Ontem, na transmissão de um jogo entre Fluminense e Atlético Nacional pela libertadores, o vacilo foi mais leve, mas qualquer espectador atento pôde notar a saia justa em que "seu nonô" quase se coloca ante os patrões.Nem sempre é de praxe, na Rede Globo, admitir-se abertamente quando a transmissão de um evento não é feita no local mas em estúdio. Se não mentem, também não assumem. Há, claro, exceções, porém esta não era uma delas. Em determinado instante da partida, Noronha alega que o fluminense é superior ao adversário tanto "aqui" quanto na Colômbia (local da partida), faz uma pequena pausa, e complementa: "quanto no Rio". Resumindo: "Tanto aqui, quanto na Colômbia, quanto no Rio."Ok, "seu nonô", sem problema. Errar é humano e, nesse caso, compreensibilíssimo. Chato mesmo é o hábito da Globo de querer disfarçar. A transmissão é do Rio? Não tem ninguém na Colômbia? (Confesso que não sei se tinha ou não tinha um reporter em campo). Fala na boa. Qual é o problema? Pior que isso, só os jogos de volei transmitidos pela matriz ou pela sucurssal SporTV onde as equipes não podem ser chamadas pelo nome em função do patrocinador e assumem o nome da cidade-sede. Rexona vira "Rio de Janeiro", Cimed vira "Florianópolis" e por aí vai. Coisa de emissora que tem rei na barriga.
4 comments:
Oii lindu ;)
futebol.. nessa intensidade.. vo naun -\\..
deixo só, entao, um Oiii carinhoso pra ti x))
=*
Sobre os times de vôlei, não considero errada a postura de chamar pela cidade. Acho bizarro torcer pelo Banespa, ou pelo Rexona, ou até pelo Bar do Zé. Atrai muito mais associar a equipe à sua cidade, mesmo porque o patrocinador está estampado em letras garrafais na camisa. Aliás, o patrocinador se pica, mas o time fica. O Rexona de hoje pode ser o Tres de Marchan de amanhã.
(Ao surfista)
Mas tem tb o seguinte. No caso do Brasil Telecom, de Brusque. Ele já foi de Brasília (ano passado), de São Bernardo. Além disso, um dos motivos desses patrocinadores entrarem nos times de volei é justamente o de ganhar o nome da equipe, e notoriedade maior através dela. Diferentemente do futebol, esses times em boa parte dos casos não são clubes pré-existentes que ganham um patrocínio. O Rexona não é o time do Tijuca Tenis Clube, por exemplo. Se o patrocinador ralar, há uma grande chance do time sumir. Há exceções, claro, como no caso do Fiat Minas e do clube São caetano, por exemplo, que mesmo sem o patrocínio, dão um jeito de continuar na Superliga.
Bom... é uma questão de ponto de vista. Algns times, como o Finasa, já ganharam total identificação com a cidade de Osasco, e não fica estranho chamar o time pelo nome da cidade. No caso do Rexona, que começou com sede em Londrina, não vejo muito essa identificação com o Rio. Chamar o "São Caetano" de "São Caetano", o "Esporte Clube Pinheiros" de "Pinheiros", o "Finasa" (antigo BCN) de "Osasco" me parece algo natural, independente do patrocinador, mas chamar o rexona de "Rio de Janeiro" ou o Brasil Telecom de "Brusque" são uma forçação de barra. Nunca vi o Rexona como "Rio de Janeiro" em outros canais senão os da globo. Outras emissoras jamais tiveram ressalvas em chamar um time pelo nome do patrocinador, principalmente nesses casos em que a equipe não tem tanta identificação com um clube ou uma cidade.
Aliás, em se tratando do Rexona, pode-se dizer que este patrocínio, e não uma cidade ou um clube em particular, é seu grande pilar de sustentação e identificação. O Tijuca Tenis Clube e a própria cidade do Rio de Janeiro é que constituem elementos transitórios nessa relação, e é bem possível que se um dia a empresa resolver mudar sua estratégia de marketing e retirar-se do esporte, aconteça o mesmo que ocorreu ao antigo clube do Leites Nestlé, ou seja, o time deixará de existir. Algo igual talvez valha para o Brasil Telecom, e valeu também para os times patrocinados pela petrobrás e pela Oi no passado. No caso do Pinheiros, Minas Tenis Clube, São Caetano e Osasco, temos um contexto mais próximo àquele que você defende em seu comentário. O clube ou a cidade, e não um patrocínio, é o pilar existencial e identificacional da equipe com o torcedor e a imprensa.
No mais, agradeço pelo comentário e pela oportunidade de trazer novos ângulos para a questão.
Opa, às ordens!
Confesso não ser um profundo conhecedor da história dos times de vôlei, mas sua argumentação tem fundamento. Foi uma observação pontual minha.
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