Wednesday, April 30, 2008

Ato falho, "seu nonô"!



Todos lembram de quando Sergio Noronha, comentarista futebolístico da Rede Globo, foi pego dormindo diante das câmeras. Grande gafe, sem dúvida.

Ontem, na transmissão de um jogo entre Fluminense e Atlético Nacional pela libertadores, o vacilo foi mais leve, mas qualquer espectador atento pôde notar a saia justa em que "seu nonô" quase se coloca ante os patrões.

Nem sempre é de praxe, na Rede Globo, admitir-se abertamente quando a transmissão de um evento não é feita no local mas em estúdio. Se não mentem, também não assumem. Há, claro, exceções, porém esta não era uma delas. Em determinado instante da partida, Noronha alega que o fluminense é superior ao adversário tanto "aqui" quanto na Colômbia (local da partida), faz uma pequena pausa, e complementa: "quanto no Rio". Resumindo: "Tanto aqui, quanto na Colômbia, quanto no Rio."

Ok, "seu nonô", sem problema. Errar é humano e, nesse caso, compreensibilíssimo. Chato mesmo é o hábito da Globo de querer disfarçar. A transmissão é do Rio? Não tem ninguém na Colômbia? (Confesso que não sei se tinha ou não tinha um reporter em campo). Fala na boa. Qual é o problema? Pior que isso, só os jogos de volei transmitidos pela matriz ou pela sucurssal SporTV onde as equipes não podem ser chamadas pelo nome em função do patrocinador e assumem o nome da cidade-sede. Rexona vira "Rio de Janeiro", Cimed vira "Florianópolis" e por aí vai. Coisa de emissora que tem rei na barriga.


4 comments:

Anonymous said...

Oii lindu ;)
futebol.. nessa intensidade.. vo naun -\\..
deixo só, entao, um Oiii carinhoso pra ti x))
=*

Surfista said...

Sobre os times de vôlei, não considero errada a postura de chamar pela cidade. Acho bizarro torcer pelo Banespa, ou pelo Rexona, ou até pelo Bar do Zé. Atrai muito mais associar a equipe à sua cidade, mesmo porque o patrocinador está estampado em letras garrafais na camisa. Aliás, o patrocinador se pica, mas o time fica. O Rexona de hoje pode ser o Tres de Marchan de amanhã.

Luiz Mendes Junior said...

(Ao surfista)

Mas tem tb o seguinte. No caso do Brasil Telecom, de Brusque. Ele já foi de Brasília (ano passado), de São Bernardo. Além disso, um dos motivos desses patrocinadores entrarem nos times de volei é justamente o de ganhar o nome da equipe, e notoriedade maior através dela. Diferentemente do futebol, esses times em boa parte dos casos não são clubes pré-existentes que ganham um patrocínio. O Rexona não é o time do Tijuca Tenis Clube, por exemplo. Se o patrocinador ralar, há uma grande chance do time sumir. Há exceções, claro, como no caso do Fiat Minas e do clube São caetano, por exemplo, que mesmo sem o patrocínio, dão um jeito de continuar na Superliga.

Bom... é uma questão de ponto de vista. Algns times, como o Finasa, já ganharam total identificação com a cidade de Osasco, e não fica estranho chamar o time pelo nome da cidade. No caso do Rexona, que começou com sede em Londrina, não vejo muito essa identificação com o Rio. Chamar o "São Caetano" de "São Caetano", o "Esporte Clube Pinheiros" de "Pinheiros", o "Finasa" (antigo BCN) de "Osasco" me parece algo natural, independente do patrocinador, mas chamar o rexona de "Rio de Janeiro" ou o Brasil Telecom de "Brusque" são uma forçação de barra. Nunca vi o Rexona como "Rio de Janeiro" em outros canais senão os da globo. Outras emissoras jamais tiveram ressalvas em chamar um time pelo nome do patrocinador, principalmente nesses casos em que a equipe não tem tanta identificação com um clube ou uma cidade.

Aliás, em se tratando do Rexona, pode-se dizer que este patrocínio, e não uma cidade ou um clube em particular, é seu grande pilar de sustentação e identificação. O Tijuca Tenis Clube e a própria cidade do Rio de Janeiro é que constituem elementos transitórios nessa relação, e é bem possível que se um dia a empresa resolver mudar sua estratégia de marketing e retirar-se do esporte, aconteça o mesmo que ocorreu ao antigo clube do Leites Nestlé, ou seja, o time deixará de existir. Algo igual talvez valha para o Brasil Telecom, e valeu também para os times patrocinados pela petrobrás e pela Oi no passado. No caso do Pinheiros, Minas Tenis Clube, São Caetano e Osasco, temos um contexto mais próximo àquele que você defende em seu comentário. O clube ou a cidade, e não um patrocínio, é o pilar existencial e identificacional da equipe com o torcedor e a imprensa.

No mais, agradeço pelo comentário e pela oportunidade de trazer novos ângulos para a questão.

Surfista said...

Opa, às ordens!
Confesso não ser um profundo conhecedor da história dos times de vôlei, mas sua argumentação tem fundamento. Foi uma observação pontual minha.